Sunday, July 31, 2011

O amor infínito...


O homem e a mulher enamoram-se porque encontram um no outro partes consideráveis de Infinito. E ficam com uma sede cada vez maior do Semfim.

Sentimonos limitados pelo tempo. Vamos precisar estar no "não-tempo" para que o nosso amor encontre o caminho da saciedade, ou da não-saciedade infinita.

Sentimo-nos limitados pelo espaço, pelas separações, pelos setores desconhecidos... vamos precisar de uma multidão de homens e de mulheres – no "não-lugar" – para termos uma idéia de como Deus nos ama, de como somos amados por Ele e podemos amá-lo.

Castidade é o amor que nunca se prende ao tempo nem ao espaço. Castidade é o amor que se abre em profundidade para as pessoas sem as possuir, sem querer apropriarse delas, porque a apropriação mata o amor. Castidade é conseguir beber tudo que for possível do Infinito em cada gota de amor que qualquer pessoa for capaz de nos apresentar. E toda pessoa pode apresentar um oceano, se soubermos encontrar a chave de seu coração. E todos os corações se abrem quando nós temos um coração que sabe ouvir.

Muitos santos e santas, como Francisco e Clara, já viveram uma boa amostra do Cântico (uma coisa que todas as pessoas podem provar) e uma multidão já o tem em plenitude (isso é "vida em plenitude") no não-lugar e no não-tempo, que são o céu, vivido mesmo antes da morte, porque é o encontro com Deus.

Por isso, longe de ser medo de amar, como muita gente parece pensar, a castidade é a entrega sem limites à liberdade de amar. De amar todos, de amar tudo, porque é a liberdade de amar Deus em tudo e em todas as pessoas.

Ela existe quando recebemos esse dom de enxergar por trás de tudo o amor infinito de Deus que nos busca como se fôssemos sua única criatura

Trecho do Livro " "Cântico dos cânticos" quer dizer o cântico por excelência. No sec. I depois de Cristo, quando os judeus discutiram se esse livro devia mesmo constar na Bíblia, pois havia quem o lesse como obsceno e indecoroso, um rabino chamado Akiba disse que "o dia em que foi composto o Cântico dos Cânticos valia mais do que qualquer coisa deste mundo".

Sunday, July 24, 2011

Há um tempo para estar à frente...


Há um tempo para estar à frente,
um tempo para estar atrás;
um tempo para estar em movimento,
um tempo para estar em repouso...

Tao Te Ching

Thursday, July 21, 2011

É preciso repensar a nossa vida...


É preciso repensar a nossa vida. Repensar a cafeteira do café, de que nos servimos de manhã, e repensar uma grande parte do nosso lugar no universo. Talvez isso tenha a ver com a posição do escritor, que é uma posição universal, no lugar de Deus, acima da condição humana, a nomear as coisas para que elas existam. Para que elas possam existir… Isto tem a ver com o poeta, sobretudo, que é um demiurgo. Ou tem esse lado. Numa forma simples, essa maneira de redimensionar o mundo passa por um aspecto muito profundo, que não tem nada a ver com aquilo que existe à flor da pele. Tem a ver com uma experiência radical do mundo.

Por exemplo, com aquela que eu faço de vez em quando, que é passar três dias como se fosse cego. Por mais atento que se seja, há sempre coisas que nos escapam e que só podemos conhecer de outra maneira, através dos outros sentidos, que estão menos treinados… Reconhecer a casa através de outros sentidos, como o tacto, por exemplo. Isso é outra dimensão, dá outra profundidade. E a casa é sempre o centro e o sentido do mundo. A partir daí, da casa, percebe-se tudo. Tudo. O mundo todo.



Al Berto, in "Entrevista à revista Ler (1989)"

Não são as Circunstâncias que Decidem a Nossa Vida


A nossa vida, como repertório de possibilidades, é magnífica, exuberante, superior a todas as históricamente conhecidas. Mas assim como o seu formato é maior, transbordou todos os caminhos, princípios, normas e ideais legados pela tradição. É mais vida que todas as vidas, e por isso mesmo mais problemática. Não pode orientar-se no pretérito. Tem de inventar o seu próprio destino.

Mas agora é preciso completar o diagnóstico. A vida, que é, antes de tudo, o que podemos ser, vida possível, é também, e por isso mesmo, decidir entre as possibilidades o que em efeito vamos ser. Circunstâncias e decisão são os dois elementos radicais de que se compõe a vida. A circunstância – as possibilidades – é o que da nossa vida nos é dado e imposto. Isso constitui o que chamamos o mundo. A vida não elege o seu mundo, mas viver é encontrar-se, imediatamente, em um mundo determinado e insubstituível: neste de agora. O nosso mundo é a dimensão de fatalidade que integra a nossa vida.

Mas esta fatalidade vital não se parece à mecânica. Não somos arremessados para a existência como a bala de um fuzil, cuja trajectória está absolutamente pré-determinada. A fatalidade em que caímos ao cair neste mundo – o mundo é sempre este, este de agora – consiste em todo o contrário. Em vez de impor-nos uma trajetória, impõe-nos várias e, consequentemente, força-nos... a eleger. Surpreendente condição a da nossa vida! Viver é sentir-se fatalmente forçado a exercitar a liberdade, a decidir o que vamos ser neste mundo. Nem mum só instante se deixa descansar a nossa actividade de decisão. Inclusivé quando desesperados nos abandonamos ao que queira vir, decidimos não decidir.

É, pois, falso dizer que na vida «decidem as circunstâncias». Pelo contrário: as circunstâncias são o dilema, sempre novo, ante o qual temos de nos decidir. Mas quem decide é o nosso carácter.



Ortega y Gasset,

O Bom Senso


O bom senso não exige um juízo muito profundo; parece antes consistir em só perceber os objectos na proporção exacta que eles têm com a nossa natrueza ou com a nossa condição. O bom senso não consiste então em pensar sobre as coisas com excesso de sagacidade, mas em concebê-las de maneira útil, em tomá-las no bom sentido.
A...quele que vê com um microscópio percebe, certamente, mais qualidade nas coisas; mas não as percebe na sua proporção natural com a natureza do homem, como quem usa apenas os olhos. Imagem dos espíritos subtis, eles às vezes penetram fundo demais; quem olha naturalmente as coisas tem bom senso.
O bom senso forma-se a partir de um gosto natural pela justeza e pelo mediano; é uma qualidade do carácter, mais do que do espírito. Para ter muito bom senso, é preciso ser feito de maneira que a razão predomine sobre o sentimento, a experiência sobre o raciocínio.

Luc de Clapiers Vauvenargues

Monday, July 18, 2011

Regras da vida



Evans Amelia

PARA IR LEMBRANDO SEMPRE:
Regras da Vida:
*Dê às pessoas mais do que elas esperam,e faça-o alegremente
*Não acredite em tudo o que ouve
*Decore o seu poema favorito
*Gaste tudo o que tem, ou durma o quanto queira
*Quando disser" eu te amo" sinta isto
*Quando disser "eu sinto muito" olhe nos olhos da pessoa
*Fique noivo pelo menos 6 meses antes de casar
*Acredite no amor à primeira vista
*Nunca ria dos sonhos de nínguem
*Ame profundamente e apaixonadamente :Você pode ferir-se!!!


Quando as regras terminarem!
Tu que fôs-te criado à imagem d`Ele,
d`aquele que te deu livre arbitreo.
Sê tu próprio,ignora as regras,segue
o teu coração.Aprende a conhecer o esplendor
do ser espiritual que és,abandona o dogma religioso,
sê quem és.Deixa emergir a tua essência.

"Ama e faz tudo que te apetecer"(Stº Agostinho)
Ama,ama.ama,descobre a liberdade e a responsabilidade
que o sustenta,nas sementes do teu eu mais profundo.Sorri,deixa que o vento leve a tua voz bem longe,tocando o coração do teus irmãos.
Sê a sementinha do mundo que queres, não temas ser quem és,
abraça a tua alma.

Dá asas ao sonho:"Quando as regras terminarem"
VIVE!!!

Friday, July 1, 2011

Toda a mulher tem uma borboleta em sua alma para que possa voar e renovar os seus momentos...


Toda a mulher tem uma borboleta em sua alma para que possa voar e renovar os seus momentos...
Voar... redefinir sentimentos...
Voar... buscar pra junto estar...
Voar... sentir...amar...viver...
Asas deixam levar pelo vento do prazer...
Asas quando querem: abrem-se pro mundo, renova, poetisa

(Verinha Pacheco Chaves)