Tuesday, September 9, 2008

A influência do nome na sua vida




Helena Blavatski, no livro A Doutrina Secreta, fala sobre a divina função do nome nas pessoas. Ele é sua identidade. Na Terra, tudo tem uma designação própria que lhe dá vida e encanto. Um cãozinho, de nome Marley. Um gato que atende prontamente quando se diz Vênus. O bebezinho querido que o pai embala com seus sonhos, vira o rostinho róseo e suave quando ouve: olá, Eduardo, meu filho... Uma energia divina se distancia dos céus e riscando a atmosfera terrena penetra aquelas duas almas, entrelaçando-as por toda uma vida. E, no entanto, este mantra de amor que encanta e enleva, também pode se transformar em laços frios e dolorosos que aprisionam algumas almas por toda uma vida.

Lembre-se, essa criatura que você gerou e que foi acalentada em seu ventre, é um ser divino que você recebe para auxiliar no desenvolvimento de uma existência. Como diz Gibran, o poeta do Líbano, "nossos filhos, vem de Deus não de nós". Oferecemos a oportunidade do corpo, do espaço, da companhia, do carinho, dos fatores genéticos, mas essa criatura que está surgindo em seu Universo , é um ser divino com conquistas e buscas próprias que dizem respeito a seus sonhos e projetos.

Pode ser muito carinhoso utilizar expressões assim, zezinho, tico, tonho, mas há um componente forte, depreciativo, que pode reduzir a capacidade dele agir na vida. Os pais não têm ainda a noção exata do quanto influenciam os filhos e também pouco sabem da índole deles. Para uma pessoa um termo desse tipo pode ser carinhoso, para outro poderá tirar dele ou dela a fibra necessária para vencer os embates da vida.

Na juventude, uma internauta tinha uma amiga chamada Natália que realizava muitas coisas que ela não tinha coragem de fazer e por isso pensava consigo mesma: quando tiver uma filha coloco nela este nome. Ela ficou grávida, decidiu que o nome da menina seria aquele. No entanto, o marido resolveu que seria aquele nome, mas com th, ou seja, Nathália.
Hoje, sua filha é uma mocinha que busca sua autonomia, realiza atitudes extraordinárias que a mãe admira, mas é muito inconseqüente no que faz, pois traz na sua estrutura genética os desejos de juventude da mãe, só que o H, no seu nome, aparece como um fator de desequilíbrio colocado pela interferência do pai, que é uma criatura muito inconseqüente, ao ponto de ter abandonado a família.

H. esteve no Instituto apresentando uma série de sintomas, o mais predominante: fragilidade nas relações, uma série de tormentos, que surgiam como que do nada em sua vida. Ficou constatado, no processo que a "presença" do avô paterno estava realizando um domínio emocional negativo em sua estrutura psíquica. O seu nome é o mesmo do avô, acrescido do sobrenome Neto. Ele repetia em sua vida as turbulências do antepassado. Entendeu e concordou, porque dizia que nas horas de dificuldades em sua vida, assinava seu nome sem acrescentar Neto, e ele se intrigava com isso. Expliquei, era sua alma que se interpunha nas atitudes da sua personalidade, procurando desfazer aquele laço.

Uma cliente tinha grandes dificuldades na vida, principalmente nos relacionamentos, tanto com amigos como no campo emocional, identificou-se como Neia, uma redução de seu verdadeiro nome, que ela detestava. Fizemos vários processos até que veio à tona do seu inconsciente a relação com o pai; tinha um grande amor por ele, fora a "queridinha", por ser a filha mais nova, mas depois que ele deixou o corpo, nunca sonhou e nem pensava tanto nele com carinho.
Em sintonia com a alma do pai, informei que o pai gosta muito dela e que tinha escolhido o nome, Lucinéia, como um presente para ela. Sentiu-se bem com a revelação. Sim, era um presente do seu pai... agora ela se lembrava! Ele a chamava com carinho, por aquele nome... Havia uma vibração diferente, gostosa, naquele som. E de pronto, sentiu-se outra pessoa, estava pronta para iniciar uma nova vida.

por Wilson Francisco - wilson153@gmail.com
Texto revisado por: Cris

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