Sunday, April 12, 2009

Palavras de Victor Hugo...

Palavras de Victor Hugo relembrando a Caminhada Passageira que todos nós fazemos.

Quando morreu, no século XIX, Victor Hugo arrastou milhares de acompanhantes no seu cortejo fúnebre, em plena Paris. Estima-se que entre 1 a 2 milhões de pessoas vieram prestar-lhe uma última homenagem.

Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação.   

O genial literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente foram publicados após a sua morte.   

Um deles fala exactamente do homem e da imortalidade e traduz-se mais ou menos nas seguintes palavras:

 
"A morte não é o fim de tudo.

Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra.   

Na morte o homem acaba, e a alma começa.   

Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto.  

Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo?

 
Eu sou uma alma.

Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu Eu, o meu Ser.   

O que constitui, o meu Eu, irá além.

 
O homem é um prisioneiro.

O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra.   

Coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro.

Aí, olha, distingue ao longe a campina.   

Aspira o ar livre, vê a luz.

 Assim é o homem.

O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade.   

Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?

 
De que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?   

Por que não possuirá ele um corpo subtil, etéreo.

É por demais pesado para esta terra.   

A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo.   

 
Os nossos olhos carnais só vêem a noite.   

O mundo luminoso é o mundo invisível.

O mundo do luminoso é o que não vemos.   

 

A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.   

A morte é uma mudança de vestimenta.    

Na morte o homem fica sendo imortal.   

A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a terra, pelo peso que faz nela.  

 A morte é uma continuação.   

Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade.

 
As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz.  

Aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.

 

O ponto de reunião é no infinito.

Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem.

Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Es

pírito”.

 

(Victor Hugo)

  Muitos consideram que o falecimento de uma pessoa amada é verdadeira desgraça, quando, em verdade, morrer não é finar-se nem consumir-se, mas libertar-se.   

Assim, diante dos que partiram na direcção da morte, assuma o compromisso de preparar-se para o reencontro com eles na vida espiritual.

Prossiga na sua jornada na Terra sem adiar as realizações superiores que lhe competem.

Pois elas serão valiosas, quando você fizer a grande viagem, rumo à madrugada clarificadora da eternidade. 
 

Que Deus nos ilumine hoje e sempre!


(Enviado pela Elisabeth Sousa)

 

2 comments:

Pelos caminhos da vida. said...

Tem selinho la pra vc amiga.

beijooo.

Sonia Schmorantz said...

Que tenhas uma linda nova semana, e que esta abençoada inspiração seja sempre constante.
Um abraço