Como enguias, os nossos corpos entrelaçados,
Pareciam videiras subindo aos céus abraçadas,
A seiva escorrendo com a maresia dos prados
Como mar beijando areal com as águas salgadas.
Como eu enlouqueço quando te amo mulher!
Possuir-te, sentir o teu sabor e ouvir teus ais,
Misturando nossos corpos em infinito prazer,
Sempre enebriados, nos pedindo mais e mais.
Quando, já noite dentro, nossos lábios insaciados
Se juntam de novo, nossas línguas se sugando.
De novo sentimos este sublime fogo invadir-nos,
Com a libertação do que nos estávamos amando.
Que noites de loucura e de infinita felicidade!
Que ternura, que desejos, que fome insaciável
Que os teus beijos procuravam em vão matar!
Quando depois te invadia e me sentias em ti,
Os dois num só nos fundíamos em amálgama
De amor, de loucura e de eterna esperança!
JPL
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