Evolução Do Planeta Azul

A palavra “perdoar” tem exactamente a finalidade de reconciliação com pessoas que nos fizeram algum mal ou que nos fizeram sofrer pela traição, injustiça, infidelidade e ademais atitudes que nos pegam de surpresa.
Nem todos possuem o entendimento para perdoar e às vezes nem querem perdoar, alimentando as lembranças que ficam guardadas na memória emocional vivida, sendo assim, prolongam a dor.
O que antes era uma visão celestial, passa a ser uma grande decepção, como um terramoto que vem sem avisar, com sentimentos confusos e novos.

Digo-lhes: Errar é humano, sim. Perdoar é sublime, sim. Esquecer, talvez!
Com o passar do tempo podemos até compreender os motivos que levaram estas pessoas envolvidas connosco a tomarem estas atitudes impulsivas, pelo simples facto de verem unicamente o seu propósito e ignorando as conseqüências, ao próximo.
Aliás, a própria palavra “próximo” deveria ser mais entendida, afinal, o próximo com o tempo também perde a sua importância.
O que antes nos parecia tão familiar, torna-se um estranho.
Tanto nas amizades, como nos amores.
Quem já não conviveu com o príncipe encantado e um dia acordou diante do cavaleiro negro?
O impacto abre um buraco no coração e o sangue contaminado pelas dores escorrem pelas veias e transformam os nobres sentimentos, em sentimentos mesquinhos.
Os olhos que anteriormente só viam pureza fecham-se para a verdade, verdade esta que permanecerá anos escondida atrás de uma cortina suspensa.
Este novo Ser que nasce pelo véu impuro é utilizado como marionete em favor do mal e ficará preso até voltar a sua lucidez.
Ninguém é impulsionado a fazer isso automaticamente, tem que haver uma explicação.
O que nos leva a isso?
Talvez os “antigos” valores morais, que hoje são distorcidos pela enorme massa televisiva, onde nos mostram com naturalidade as acções mais incorrectas, e que está a levar a humanidade, ao caos. As brincadeiras de ruas deram lugar ao conhecimento excessivo do consumismo, do poder, da perfeição externa e da sexualidade demonstrada como troféu.
O que antes era considerado “lar doce lar”, desaparece aos poucos...
O diálogo deu lugar ao silêncio e só é interrompido em muitos lares, quando alguém diz: vou comprar isso ou quero ser assim...
Os bens materiais, corpo perfeito e conquistas sexuais, não nos preenchem com o que exactamente precisamos, AMOR.
Nem tudo esta perdido, afinal, pode ser o começo para os que conseguirem dispor de um tempo e refletirem sobre o assunto.
Há o TEMPO...
Caímos na grande armadilha do “tempo”!
Não devemos ficar decepcionados com o nosso próximo, porque este conceito é um dos factores que alteram o Ser humano.
Devemos ter a capacidade de perdoar ao nosso próximo, porque também possuímos defeitos. Agora esquecer...
Só depende de nós.
Somos responsáveis pela evolução do PLANETA AZUL, cada um de nos temos uma missão de plantar uma semente e mais ainda, de fazê-la germinar.